quinta-feira, 28 de maio de 2020
*AUTORES* As Irmãs Brontë
Quem nunca ouviu falar em Emily Brontë? Pode até não saber exatamente quem é, ou o que fez seu nome ser familiar, mas de alguma forma já ouviu falar!
Eu já havia adquirido e iniciado a leitura de O Morro dos Ventos Uivantes, porém, como muitos já sabem, é uma leitura pesada, difícil, não é daqueles romances fáceis de ler. Abandonei, detestei e depois de muito tempo resolvi ler novamente e vejam bem, não é o meu romance preferido, mas é incrível!
Depois disso, recentemente "zapeando" os filmes da Netflix, vi o filme "Jane Eyre" adaptação do livro Charlotte Brontë, irmã de Emily, a qual eu nem sabia que existia. E o filme é incrível.
Em outra "zapeada" de filmes na Netflix, eis que resolvo assistir "A Sociedade Literária e a Torta da Casca de Batata", cujo o nome tinha me impedido de assistir anteriormente, fala sério, que nome é esse?! Pois bem, assisto ao filme e descubro outra irmã Brontë, Anne, é citada no filme, além das citações das outras irmãs claro. O filme é uma lindeza vale a pena!
Sendo assim, fui pesquisar sobre as irmãs, e é realmente uma história a ser contada! Vou compartilhar um pouco com aqui!
Tudo que vou descrever aqui eu pesquisei através do The Brontë Society / Brontë Personage Museum, pois é, tem uma instituição e um museu dedicado a família, mais pra frente eu conto mais.
A Família
Vamos conhecer quem são os membros:
- Patrick Brontë (1777 - 1861) - Pai
- Maria Branwell Brontë (1783 - 1821) - Mãe
- Elizabeth Branwell (1776 - 1842) - Tia
- Maria Brontë (1814 - 1825) - Filha mais velha
- Elizabeth Brontë (1815 - 1825) - Segunda filha
- Charlotte Brontë (1816 - 1855) - Terceira filha
- Patrick Branwell (1817 - 1848) - Quarto filho
- Emily Jane Brontë (1818 - 1848) - Quinta filha
- Anne Brontë (1820 - 1849) - Sexta e última filha
A História
O pai Patrick, era sacerdote na paróquia de Haworth - era também autor publicado de poesia e ficção, vem daí a proximidade dos filhos com a literatura e cultura.
A mãe Maria vinha de família de classe média, e morreu de câncer em 1821.
Após a morte de Maria, sua irmã solteira Elizabeth assumiu o presbitério e ajudou na educação e criação dos sobrinhos.
Em 1824 as irmãs saíram de Haworth e foram para a escola. O mesmo local que serviu de inspiração para Charlotte, posteriormente em Jane Eyre, trouxe tragédia para a família.
Maria foi para casa doente, e acabou falecendo, tuberculose.
Pouco depois Elizabeth também voltou com a mesma doença e faleceu.
Após a morte das irmãs, as outras crianças acabaram ficando em casa, e começaram a exercitar a criatividade artística.
Patrick o único filho homem, teve aula de artes, e após um período curto como pintor em Londres, voltou para Haworth com dívidas.
Enquanto isso, as irmãs precisaram trazer renda para casa e acabavam aceitando empregos de governantas.
Para fugir das atividades como governantas, da qual detestavam, as irmãs queriam fundar uma escola. Foram para Bruxelas a fim de estudar e garantir as habilidades para tal.
Quando tia Elizabeth morreu, em 1842, as irmãs retornaram. Emily permaneceu como governanta e Charlotte voltou a Bruxelas, retornando definitivamente em 1844 após um amor não correspondido.
As irmãs continuaram a escrever, e em 1846, Charlotte, Emily e Anne publicaram seus poemas em uma obra conjunta, através dos pseudônimos Currer, Ellis e Acton Bell.
Apesar das críticas positivas, venderam apenas duas cópias. Mas não desistiram e começaram a se envolver em escrever romances.
As Obras
Charlotte Brontë
- Agosto 1847 - O Professor
- Outubro 1847 - Jane Eyre
- 1849 - Shirley
- 1853 - Villette
Emily Brontë
- Dezembro de 1847 - O Morro dos Ventos Uivantes
Anne Brontë
- Dezembro 1847 - Agnes Grey
- Junho de 1848 - A Inquilina de Wildfell Hall
O Final
O prazer das irmãs com o sucesso recém descoberto não durou muito. O irmão Branwell estava mais uma vez derrotado pelo álcool e pelo ópio. acabou caindo doente, a tuberculose novamente, e morreu em 1848.
Enquanto Charlotte ainda estava sofrendo pela morte do irmão, percebe-se que Emily e Anne também estão doentes.
Emily também estava com tuberculose, e após a morte do irmão, nunca mais saiu de casa. Recusava-se a fazer qualquer tratamento, morreu 03 meses após o irmão.
A preocupação de Charlotte agora era com a única irmã que restava, que também estava com tuberculose. Anne se submeteu a todos os tratamentos possíveis. Inclusive o tratamento que ela tanto queria tentar, a cura do mar.
Acompanhada de Charlotte e uma amiga, foi para Scarborough, em 1849, um lugar que amara nos verões com a família Robinson. E foi lá que faleceu, quatro dias depois.
Nos anos seguintes Charlotte voltou a se dedicar a escrita, e fez diversas visitas a Londres, conhecendo nomes famosos e seus ídolos. E ajudou a reimprimir os romances das irmãs.
Charlotte acabou aceitando a oferta de casamento do amigo de seu pai, Arthur Bell Nicholls, casaram-se em junho de 1854. A felicidade, assim como o casamento, foram curtos. Charlotte faleceu em 1855, no início da gravidez.
Então último membro da família Brontë, e sem herdeiros, o pai, Patrick viveu por mais seis anos aos cuidados do genro, e faleceu em 1861 aos 84 anos.
O túmulo de Anne |
Não sei vocês, mas fiquei emocionada quando li a história da família pela primeira vez. Uma morte atrás da outra, pessoas morrendo jovens...achei triste. Mas fiquei encantada com as irmãs! E vocês?!
Hoje existe um Museu dedicado a família Brontë.
Um das sociedades literárias mais antigas do mundo, fundada em 1893.
A Brontë Society é uma instituição de caridade e mantem o Brontë Personage Museum.
Se quiserem mais detalhes sobre o museu e ainda mais detalhes sobre a família, entrem no site oficial deles, lá tem muita informação.
Tudo que escrevi aqui foi basicamente um resumo, bem pequeno, de tudo que tem lá!
Contei um pouquinho mais de O Morro dos Ventos Uivantes aqui!
Gostaram?
Beijos e até logo!
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