quarta-feira, 30 de setembro de 2020
O Xangô de Baker Street - Jô Soares
Olá meu povo!
Continuando pela pegada nostálgica, acabei lembrando de outro título que li na época do colégio e que me marcou.
Realmente esta época da minha vida ali em meados de 1999 e 2000, quando eu estava no penúltimo e último ano do ensino médio, foi onde eu desenvolvi o interesse real mesmo pela leitura.
A biblioteca da escola era o lugar preferido e vivia "alugando" livros. E um deles foi O Xângo de Baker Street do Jô Soares. Lembro que na época esse livro foi meio que uma febre entre o pessoal, até os meninos pegavam esse livro para ler (vamos que combinar que nessa época a gurizada não curtia muito o hábito da leitura).
Eu não botava muita fé, pois fugia totalmente do que na época eu considerava de meu interesse literário, mas foi com certeza uma grata surpresa.
O Xangô de Baker Street, trás como cenário o Brasil de 1886, especificamente na cidade do Rio de Janeiro.
A trama se inicia com o roubo do raríssimo Violino Stradivarius, que foi presente de Dom Pedro II à baronesa de Avaré. Após esse acontecimento, o assassinato cruel de uma jovem prostituta desencadeia uma sequencia de assassinatos.
Para evitar que o roubo do violino chegue aos ouvidos da Imperatriz e do povo, Dom Pedro decide que não envolverá a polícia, e Sarah Bemhardt, uma atriz francesa que está no Brasil para uma temporada no teatro, sugere que o Imperador chame o famoso detetive inglês Sherlock Holmes.
E é assim que o Sr. Holmes e seu inestimável e inseparável Dr. Watson vem parar em terras tupiniquins. Holmes sai em busca de investigar o que seria o primeiro Serial Killer do Brasil!!
Como já seria de se esperar, o livro tem uma pegada hilária, com situações divertidíssimas e inusitadas.
Sherlok Holmes vai de sessões de Candomblé, passando pelas corridas de cavalo e até mesmo uma chegadinha na mal fadada cannabis. Ele até mesmo se rende aos encantos da brasilidade e se apaixona por uma bela mulata.
O livro é permeado por fatos históricos e do modo de vida do brasileiro na época, seja em alta sociedade ou não. Temos vários nomes reais, históricos e conhecidos da nossa história porém se trata de uma obra fictícia, por isso, são retratados como tal.
Vale muito a pena experimentar essa leitura, é diversão garantida!
A obra foi adaptada para o cinema em 2001, porém, EU, não gostei muito. Achei um tanto exagerado e escrachado demais, não senti essa pegada no livro. Mas vale a "ilustração".
Quem já leu?
Beeijos!
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